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Nos idos dos anos 1960, 1970, poucas pessoas eram habilitadas para exercer o Magistério, as que se formavam, automaticamente eram designadas para escolas de difícil acesso. O percurso que faziam era longo, iam de charrete, a cavalo, de carona, e muitas vezes permaneciam no local por muitos dias e até meses.
O número de alunos era pequeno, pois muitos pais preferiam que seus filhos ficassem auxiliando nas lides domésticas ou do campo ao invés de frequentar a escola.
Os professores exerciam múltiplas funções desde planejamento , organização e até limpeza e merenda .
As turmas eram multisseriadas. A metodologia era a transmissão do
conhecimento de forma expositiva, explicações orais , para depois escrita,
obedecendo a sequência pré-ordenada e fixa, enfatizando a repetição,exercícios
de memorização;
Havia uma sobrecarga de informações, sem
significação, fora da realidade social, de forma lenta e controlada. As
experiências eram ignoradas, havia muita teoria, desenvolvendo a abstração.
Os alunos eram agentes passivos, valorizados
aqueles que ficavam quietinhos, que não se manifestavam, eram avaliados com
rigor pela sua disciplina e obediência; Vestiam-se de forma padronizada, usavam
uniformes; Respeitavam rigorosamente os professores ou qualquer membro da
escola; Sentavam-se enfileirados, para evitar o diálogo e qualquer
manifestação; No recreio é que faziam brincadeiras com os colegas e havia
interação;
Os professores eram supremos, em algumas
escolas tinham estrados nas salas de aula, símbolo da sua superioridade,
controle e punição; Cumpriam programas,vigiavam, aconselhavam, ensinavam e
corrigiam; Eram verificadas pelo diretor, supervisor, inspetor suas avaliações,
diários, cadernos de chamada, planejamentos diários, metodologia,...
Havia poucos recursos para o desenvolvimento das aulas, algumas escolas careciam até mesmo de mimeógrafo, os professores usavam papel carbono para realizar cópias e faziam festas beneficentes, bailes na comunidade para arrecadar fundos;
A aprendizagem era mecânica, receptiva e
coativa, havia reforço negativo, avaliação mediante a quantidade e não
qualidade e construção do que foi incorporado pelo aluno.
Os pais colaboravam com a escola, respeitavam e valorizavam os professores.
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